Oferta de sementes fortalece cultura da soja convencional

No Paraná, estão disponíveis cerca de 4,2 milhões de sacas de sementes de soja convencional para esta safra. Segundo a Secretaria da Agricultura, a oferta incentiva o cultivo tradicional do grão, que hoje ocupa 98,22% da área plantada de soja em todo Estado.

O Departamento de Fiscalização (Defis), da Secretaria da Agricultura, informou que todas as sacas de sementes de soja convencional, oferecidas no Estado, foram testadas pela Divisão de Produção de Sementes e Mudas (DPSM), da Secretaria. Segundo o engenheiro agrônomo do Defis, Marcelo Silva, os testes confirmam a ausência de sementes transgênicas.

Para o técnico do Defis, a informação da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), de que metade da safra paranaense 2006/07 será composta por grãos geneticamente modificados, pode estar superestimada.

?Isso porque o agricultor paranaense é cauteloso e tem consciência da cobrança dos royalties pelo uso da semente geneticamente modificada. Além disso, o setor de produção de sementes convencionais no Estado é bastante sólido?, destacou.

De acordo com o Ministério da Agricultura, existem 414 mil sacas de sementes de cultivares de soja geneticamente modificadas, tolerantes a glifosato, devidamente registradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC), do Ministério.

?Com essa oferta, seria possível cultivar uma área equivalente a 345 mil hectares. O que corresponde a 8,6% dos quatro milhões de hectares cultivados com soja no Estado na safra atual?, lembrou Silva.

A Faep estima que, na temporada atual, o índice da safra do Paraná com grãos geneticamente modificados estaria entre 17 e 18%. Segundo análise do Defis, caso essa informação fosse confirmada, implicaria diretamente no fato de que, pelo menos, 10% dos produtores de soja do Estado, que optaram pelo cultivo de soja transgênica, estariam utilizando grão ilegal, ou seja, semente pirata.

?Se 10% dos produtores do Paraná estivessem, realmente, usando grão pirata, isso significaria que o agricultor está abrindo mão do principal insumo da sua lavoura, ou seja, a semente certificada. Caso isso acontecesse, iria certamente comprometer os índices de produção e produtividade buscados no Estado?, disse Silva.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo