O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães, disse hoje que não há perigo de um novo "apagão" no sistema elétrico brasileiro. "Todos os esforços foram feitos para evitar que isso volte a acontecer", afirmou.
Segundo ele, depois de uma queda no consumo devido à menor oferta de energia do sistema, "a previsão é de que haja um aumento de 4% nos próximos anos, que deve ser acompanhado da produção nacional de energia".
Guimarães participou do 16º Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (Sendi), promovido pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) e realizado pela Companhia Energética de Brasília (CEB).
O Brasil tem hoje 53 milhões de consumidores, dos quais 16 milhões são de baixa renda. Segundo Guimarães, numa conta de R$ 100,00, cerca de R$ 35,00 são recolhidos pelas distribuidoras em impostos e encargos, "o que significa que mais de 50% da conta paga são de tributos". Ele considerou isso "complicado, tanto para o consumidor de baixa renda quanto para as indústrias".
A professora da 4ª série da Escola Classe 41, de Taguatinga, Regina Gonçalves Novaes, disse que a escola recebeu orientação da Companhia energética de Brasília (CEB) para economizar energia elétrica. "As escolas que fizeram esse curso receberam uma reformulação da estrutura elétrica", disse ela, explicando que "às vezes não era possível desligar a luz de uma classe, sem desligar todo o sistema".
Segundo ela, depois da reforma, em que cada sala ganhou um interruptor e as luzes são independentes, a economia de energia tem sido substancial. "O que a gente notou foi que essa economia se estendeu também para a residência dos alunos, que passaram a aplicar o dinheiro que sobra em alimentação e material escolar".
O estudante Bernardo Sá Gomes da Silva, da Escola Classe 41 de Taguatinga, disse que a peça de teatro e a exposição do Sendi serviram para que ele e seus colegas compreendessem melhor a importância de não desperdiçar energia elétrica em casa. "Aprendi que não podemos gastar energia elétrica sem precisão e devemos economizar de todas as formas para que a gente não fique sem luz no futuro".
