Além de mensurar o impacto do pedágio no transporte de grãos no Paraná, a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná ? Ocepar ? também elaborou propostas para a redução dos custos com o pedágio, como a revisão dos critérios de correção anual das tarifas, passando a utilizar o critério de custos e serviços efetivamente realizados.
A Organização também sugere o estabelecimento de tarifa de cobrança diferenciada em função do valor agregado do produto transportado. Dessa forma, produtos como o calcário não seriam tão afetados com os altos valores cobrados pelas concessionárias no Paraná.
Promover estudos detalhados antes de realizar novas concessões e estimular a formação de centrais de frete junto às principais praças de pedágio e o Porto de Paranaguá para informar aos transportadores a disponibilidade de frete também são propostas da Ocepar.
Para o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Rogério Tizzot, o sistema de pedagiamento nas rodovias paranaenses é inviável financeiramente e deve entrar em colapso nos próximos anos. “O modelo atual é caro, privilegia os lucros e a receita das empresas em detrimento aos investimentos nas rodovias. É um modelo fadado ao fracasso”, afirmou.
A partir de dados dos balanços das concessionárias no período de 1998 a 2003, foram realizados pelo DER novos cálculos das tarifas, mantendo todos os investimentos, obras e serviços estabelecidos nos contratos de concessão. A tarifa cobrada pelo Ecovia, por exemplo, poderia ser de R$ 4,30 para automóveis, e não os R$ 8,00 praticados atualmente.