O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), menina dos olhos do governo Lula, começa a mostrar a que veio com uma boa notícia para paranaenses e paulistas ainda não assistidos devidamente por sistemas de saneamento básico. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou dois financiamentos para projetos específicos nos Estados de São Paulo e Paraná, no valor total de R$ 326,9 milhões.
A informação foi liberada pela própria instituição de fomento econômico do governo federal, sediada no Rio de Janeiro, dando conta que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) receberá R$ 129,9 milhões, e a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), R$ 197 milhões.
Com o financiamento aprovado pelo BNDES, a meta imediata da Sanepar será a ampliação e melhoria das condições dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário em 28 municípios, garantindo o pleno atendimento de cerca de meio milhão de pessoas. A empresa estadual deverá entrar com uma contrapartida de R$ 49,1 milhões.
No item abastecimento de água tratada, com o investimento de R$ 75,5 milhões do total recebido, a Sanepar executará seis pontos de captação nos Rios Barigüi, Verde e no Aqüífero Guarani, além dos assentamentos de adutoras de água, reservatórios, estações elevatórias e obras complementares.
O restante do empréstimo (R$ 170,6 milhões) será aplicado em projetos destinados a ampliar o alcance dos sistemas de esgotamento sanitário em municípios ainda carentes do serviço, trazendo à população muitos ganhos em termos de qualidade de vida.
Infelizmente, o Brasil ainda apresenta enormes vazios no que diz respeito ao abastecimento de água tratada e saneamento básico, sendo calamitoso o número de residências desprovidas desse requisito fundamental para a manutenção da saúde, especialmente das crianças. Com a execução dos primeiros projetos contidos no PAC, a União inicia o resgate de uma dívida histórica.
No Paraná não é diferente, apesar dos esforços feitos por sucessivos governos nos últimos tempos. O crescimento exagerado das cidades, para onde se deslocaram imensos contingentes egressos da zona rural, agravou uma problemática que exige soluções imediatas e duradouras. O governo apenas cumpre sua obrigação.