As obras do programa de recuperação de rodovias do governo do Paraná executadas entre 2003 e 2006 tiveram um custo até 3,5 vezes menor do que se fossem realizadas utilizando os parâmetros adotados entre 1995 e 2002. A comparação foi apresentada pelo secretário dos Transportes, Rogério Tizzot, nesta terça-feira (30) durante reunião da Escola de Governo.
Tizzot recordou que a intenção da gestão que antecedeu o governo Requião era licitar as obras com um custo de R$ 400 mil por quilômetro. Segundo ele, seria feito com um financiamento de R$ 540 milhões para recuperar apenas 1.350 quilômetros de rodovias. ?Se adotássemos essa solução, ficaríamos com 3 mil quilômetros muito ruins?, afirmou ao lembrar que em 2003 cerca de 4 mil quilômetros de rodovias estavam em péssimas condições. ?Era uma solução insuficiente e ineficaz?, acrescentou.
Para efeito de comparação, Tizzot citou o custo alcançado pelo DER em um dos programas executados pelo governo Requião. ?Com o Programa de Recuperação Emergencial de Rodovias conseguimos melhorar 1,6 mil quilômetros de estradas com um custo de R$ 125 mil por quilômetro?, citou.
A formatação do programa somada à união de empreiteiras com empresas distribuidoras de asfalto e à característica do serviço de recuperação do pavimento, através da utilização do asfalto modificado com polímero, possibilitaram a execução das obras com uma velocidade maior. ?A cada dia, 3,5 quilômetros de rodovias eram recuperadas através do programa?, afirmou Tizzot. ?Foi um programa pioneiro no Brasil que está sendo copiado por outros Estados?, completou.
R$ 1 bilhão
Os dados apresentados pelo secretário mostraram que, entre 2003 e 2006, o governo do Paraná investiu R$ 1 bilhão para recuperar, pavimentar e duplicar 4,9 mil quilômetros de rodovias. Ainda há 220 quilômetros de vias em obras. Também foram recuperados 821 quilômetros de estradas rurais.
?Nós encontramos a pior condição da malha rodoviária paranaense. Precisávamos criar novas soluções para recuperar grandes extensões de rodovias no menor prazo possível e com menor custo.?, assinalou o secretário.
Para isso, além do Programa Emergencial, o DER executou diversos projetos através de seu corpo técnico, reduziu os custos em sua tabela de preços em até 25 % e realizou licitações em bloco.
Para Tizzot, a soma dessas ações e o suporte do Governo do Estado criaram as condições para que a taxa de conservação das rodovias do Paraná fosse eleita a segunda melhor do país. ?As rodovias ruins foram reduzidas de 39% para apenas 6% e as consideradas boas saltaram de 34% para 67%. Vamos agora trabalhar para melhorar esses índices?, finalizou Tizzot.
Rodovias rurais municipais
Além dos trabalhos na recuperação e manutenção das estradas pavimentadas, o DER vai intensificar – a partir deste ano – a presença nas rodovias rurais municipais. Para isso, o DER está montando patrulhas rodoviárias (conjunto de veículos e máquinas) que vão possibilitar uma ação direta nas vias rurais. Pelo planejamento, até o início de 2008, 40 patrulhas estarão trabalhando no Paraná.
Para evitar a utilização das equipes de trabalho politicamente, o governador Roberto Requião determinou que o cronograma de obras e dos serviços sigam critérios técnicos. ?O cronograma tem que levar em conta o valor e o volume da produção do municípios. Essa discussão tem que estar contida em parâmetros muito claros, para não termos a influência política?, destacou.
O secretário reforçou que a execução dos serviços ficará sob responsabilidade do DER com o auxílio da Codapar e da Emater. ?As máquinas não serão emprestadas, vamos estabelecer parâmetros técnicos para a utilização dessas patrulhas para que os equipamentos fiquem onde é economicamente viável trabalhar. Sempre teremos um corpo técnico acompanhando nossas patrulhas?.