Obras raras desaparecem da Biblioteca Central de São Paulo

Brasília – Uma equipe de investigação da Delegacia Seccional Centro está trabalhando para elucidar o furto de várias obras raras da Biblioteca municipal de São Paulo Mário de Andrade, no centro da cidade. Em entrevista concedida hoje à tarde (7), o diretor da biblioteca, Luis Francisco Carvalho Filho, informou que o sumiço das peças foi descoberto na última quinta-feira (31) e que ?não é possível precisar quando a ação ocorreu?.

Ainda está sendo levantado o número preciso de obras furtadas, mas já se sabe que, no desfalque, levaram 42 gravuras de Debret, 58 gravuras de Rugendas, três litografias de Burmeister, a obra ?Souvenirs do Rio de Janeiro?, com 12 gravuras coloridas de Johann Jacob Steinmann, e um exemplar do livro de orações ?Hore intemerate Beate Marie Virginis?, impresso em 1501. Pelas dimensões do furto, Carvalho Filho supõe que a retirada das obras foi feita em várias etapas.

 De acordo com nota distribuída pela assessoria da Biblioteca Central, suspeita-se que algum funcionário tenha sido conivente. Como ?não há sinais de arrombamento, nem notícias de invasão do prédio, a polícia trabalha com a hipótese de que houve conivência por parte de algum funcionário que conhecesse as rotinas do setor de obras raras e que possa ter tido acesso às chaves da sala em que ficavam as obras?, diz o comunicado. Além de terem levado livros inteiros, os ladrões destruíram algumas obras.

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