O Museu Oscar Niemeyer apresenta obras seletas e inéditas de um dos maiores xilogravadores do Brasil, Gilvan Samico. A exposição ?Samico: do desenho à gravura?, composta por 203 obras, exibe desde as xilogravuras, no formato e estilo que consagraram o artista, como ?A Bela e a Fera? (1996), até desenhos inéditos.
Ronaldo Correia de Brito assina a curadoria da mostra, que recebeu o Prêmio Especial da Associação Paulista de Críticos de Arte, no ano passado. A exposição será aberta para jornalistas e convidados no próximo dia 04, às 19h. O público poderá ver as obras no período de 05 de agosto a 06 de novembro.
O grande diferencial desta exposição são os 45 desenhos produzidos entre 1957 e 1959, a maior parte deles do período em que Samico foi aluno de Lívio Abramo, em São Paulo. Outros são da fase em que o artista era aluno de Oswaldo Goeldi, no Rio de Janeiro, e alguns da época que ele freqüentava o Ateliê Coletivo da Sociedade de Arte Moderna do Recife, criado por Abelardo da Hora.
Além dos desenhos que foram mantidos guardados no fundo de uma gaveta, e que nunca haviam sido mostrados, também estão na mostra os desenhos-estudos que ilustram o processo criativo de Samico. "Apenas um pequeno número de xilogravuras ficou fora da exposição, que não pretende ser cronológica e retrospectiva", afirma Brito.
Enriquecendo a exposição, o curador incluiu ainda as gravuras realizadas no período de 1997 a 2004, também praticamente inéditas em outras mostras. Duas delas – A Caça e A Espada e o Dragão-, ilustradas por suas respectivas matrizes e um grande número de desenhos-estudos, ocupam uma sala inteira da mostra no Museu Oscar Niemeyer.
Muito do que produziu Gilvan Samico poderá ser conhecido no conjunto de obras expostas. Na mostra, estão sendo exibidos 67 desenhos-estudos, 45 desenhos com caráter de desenho, 43 gravuras de tiragem esgotada (1959-1987), 23 gravuras raras (1957-1959), 17 gravuras recentes (1988-2004), oito linóleos, xilogravuras sem matrizes e duas matrizes. Desde a realização da mostra ?Samico-40 anos de gravura?, realizada em 1997, no Rio de Janeiro, não se via uma exposição com tantas obras do artista.
