Obra do Metrô não vai parar, afirma Serra

Apesar da suspensão temporária do pagamento das obras adotada na terça-feira pelo Metrô, o governador José Serra descartou qualquer interrupção na construção da linha 4. "Não vai parar nada. A suspensão do pagamento é temporária e para separar as faturas deste trecho destruído, que não vamos pagar, dos outros que estão sendo construídos", explicou, ressaltando que as obras nas outras 26 frentes de trabalho do ramal continuam.

O pagamento feito pelo governo ao Consórcio Via Amarela pelas outras estações também continua normalmente. A suspensão do pagamento é ato obrigatório, uma vez que as empresas responsáveis pelo trabalho não enviaram ao governo estadual o boletim com as medições feitas nas obras. A medição de obra compara o orçamento previsto e o realizado e apura o que deve ser pago à empreiteira. Deste modo, sem o relatório, o governo estadual não consegue saber quanto a construção evoluiu.

A decisão da suspensão do pagamento, segundo disse Serra, foi da diretoria do Metrô, posteriormente comunicada a ele. O governador considerou o ato correto e afirmou que o consórcio havia sido avisado previamente sobre a interrupção do pagamento.

Depois de usar como argumento as chuvas para justificar o desmoronamento, mais uma vez a direção do consórcio se recusou a falar sobre o assunto. O consórcio agrupa as maiores empreiteiras brasileiras. É liderado pela construtora Odebrecht e integrado por OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. A assessoria de imprensa das empresas informou que a direção não vai se pronunciar a respeito da suspensão do pagamento, pois a prioridade é acompanhar o resgate dos corpos em Pinheiros.

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