São Paulo – O coordenador da Defesa Civil de São Paulo (SP), Jair Paca de Lima, disse na tarde desta quarta-feira (17) que foi constatada a inexistência de um plano de contigenciamento de acidentes na área onde as obras do metrô desabaram na última sexta-feira (12). Na avaliação de Lima, se houvesse o plano, os danos provocados pelo acidente em Pinheiros poderiam ter sidos minimizados.

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Esse tipo de documento não estaria previsto em lei municipal, mas, quando adotado, ajudaria no planejamento das ações de socorro. Normalmente, o plano de contigenciamento é elaborado pelas construturas sob a supervisão da Defesa Civil levando em conta os potenciais riscos das obras e as possíveis conseqüências de acidentes.

?Agora temos que pensar no que fazer daqui pra frente?, disse o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, que é favorável à obrigatoriedade do plano de contigenciamento.

Segundo ele, o órgão não chegou a receber informações sobre possibilidade de desmoronamento ou problemas na estrutura de casas mais próximas à construção que desabou. Em outras áreas, mais distantes, reclamações foram enviadas pelos moradores e resultaram em vistorias da Defesa Civil e da prefeitura.

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Jair Paca de Lima afirmou que a reclamações mais freqüentes dos moradores da região diziam respeito às explosões realizadas pelas construtoras para a construção do metrô. A Defesa Civil teria entrado em contato com as construtoras, que passaram a notificar o órgão, com antecedência, sobre as explosões.

As obras do metrô em Pinheiros estão sob a responsabilidade de um consórcio de empresas que inclui as construtoras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

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Um inquérito para apurar responsabilidades pelo acidente foi instaurado pela 3ª Delegacia da Seccional Oeste. O Ministério Público também investiga o caso. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foi contratado pelo próprio metrô para dar um laudo técnico.