A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) poderá expulsar os advogados que estão sendo investigados pela Operação Furacão, que prendeu na última sexta-feira 25 pessoas envolvidas com supostas irregularidades nos jogos de máquinas caça-níqueis. Nesse domingo, o presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, disse que determinou a abertura de procedimentos administrativos internos para investigar se houve participação desses advogados com as irregularidades que estão sendo apuradas pela Polícia Federal. O procedimento aberto pode resultar na expulsão desses advogados dos quadros da Ordem. Além de advogados, as prisões envolveram desembargadores, delegados da Polícia Federal e bicheiros, entre outros.

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Na operação foram presos os advogados Evandro da Fonseca, Jaime Garcia Dias, Sérgio Luzio Marques de Araújo, Silvério Néri Cabral Junior e Virgílio de Oliveira Medina, irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça Paulo Medina.

"Deixamos claro, ainda, que os advogados envolvidos nas investigações, caso comprovada a sua culpa, sofrerão as penalidades que a lei prevê", garantiu Damous. Segundo a OAB, essas penalidades internas vão desde a suspensão ou expulsão dos quadros da Ordem caso comprovado o envolvimento dos advogados com a organização criminosa desbaratada pela polícia.

Para Damous, esse procedimento pode ajudar o País a melhorar suas instituições. "Queremos, assim como quer o povo brasileiro, que o País fique livre de todas as mazelas que nos envergonham como nação, mormente aquelas vindas das estruturas dos poderes estabelecidos. Sabemos, todavia, que somente com o aprofundamento das conquistas democráticas isto poderá acontecer como fruto de um trabalho sério, responsável e de inquestionável legalidade", disse.

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