O recado de Soros

Ninguém mais duvida do extraordinário potencial representado pela produção de etanol, depois de ouvir as declarações do megainvestidor George Soros quanto à intensificação do ritmo de seus negócios no Brasil. Além de uma usina em Minas Gerais, três outras serão implantadas em Mato Grosso do Sul.

A participação de Soros contribuiu para o brilho do São Paulo Ethanol Summit, realizado na terça-feira, ao lado de personalidades relevantes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O empreendimento capitaneado por sócios brasileiros de Soros – US$ 900 milhões de investimento – terá a primeira unidade programada para operar na próxima safra, com a estimativa de produção de 70 milhões de litros. Em cinco anos estará produzindo 300 milhões de litros de álcool.

Soros abusou da picardia e fez piada com o termo ?especulador?, cuja conotação negativa no Brasil afirmou desconhecer, embora por muitos anos tivesse contado com os préstimos do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.

Diante de seletíssima assembléia que o aplaudiu com entusiasmo, Soros não titubeou em proclamar-se ?um especulador do álcool?. Alguns analistas leram os búzios e determinaram que a declaração, quanto à especulação, foi um recado explícito sobre marcos regulatórios, política tributária, logística e barreiras externas.

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