O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, criticou nesta quinta-feira (31) a política industrial brasileira durante campanha em Mato Grosso. "O Brasil está andando para trás, quer dizer, está de lado. Não é possível no momento em que o mundo cresce, os países emergentes e a América Latina crescem mais de 6%, e o Brasil só cresce 0,5%", lamentou, ao comentar o crescimento de 0 5% do produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano.
Sem citar números, o tucano voltou a acusar o governo do PT pela crise na agricultura e o desemprego. "O que nós vivemos hoje é uma grande crise na agricultura brasileira com responsabilidade do governo federal, taxa de juros, moeda sobrevalorizada, problema do câmbio, impostos muito alto e problemas de logística", disse Alckmin. Ele prometeu concluir a BR-163, entre Cuiabá (MT) e Santarém (PA), considerada a nova rota para escoar boa parte da produção do Centro-Oeste, hoje exportada pelos portos do Sul e do Sudeste do País.
Alckmin defendeu a implantação de um plano econômico que permita ao Brasil "voltar crescer". "O que nós estamos vendo é que o projeto do PT é para o Brasil não crescer porque prevê mais gastos, mais impostos. Vamos fazer o contrário com a agenda do crescimento, com qualidade do gasto público, investimento, infra-estrutura educação e recuperar a saúde do Brasil que andou para trás nesses anos", acusou o presidenciável.
O ex-governador de São Paulo defendeu o senador Antero de Barros candidato ao governo, de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. "Antero já prestou os esclarecimentos que precisa e os que foram necessários", disse o tucano, que evitou comentar sobre a censura que os veículos de comunicação estão sofrendo em Mato Grosso. Desde o dia 25, o jornal Folha do Estado está proibido de divulgar qualquer reportagem que vincule o nome do senador Antero à máfia dos sanguessugas, por determinação da Justiça Eleitoral, com base em informações do relatório da CPI. A censura foi aplicada apenas ao jornal, a pedido do PSDB e de Antero de Barros, contrariando parecer do Ministério Público.