O número de micro e pequenas empresas (MPEs) aumentou 22,1% no Brasil entre 2000 e 2004, aponta pesquisa divulgada hoje pelo Sebrae-SP. De acordo com o estudo, existiam 5,02 milhões de estabelecimentos deste porte em 2004, contra 4,11 milhões em 2000.
No período analisado, a maior expansão aconteceu nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde o número de MPEs aumentou, respectivamente, 29,1% e 27,2%. No Nordeste, houve crescimento de 24,9%; no Sul, de 21,6%; e, no Sudeste, avanço de 20,5%.
De acordo com o Sebrae-SP, o crescimento das MPEs nas região Norte, Centro-Oeste e Nordeste, acima da média nacional, resultou da combinação de vários fatores, como a expansão mais acelerada da população nessas regiões, o aumento real do salário mínimo, a ampliação dos programas sociais e de redistribuição de renda e o avanço da fronteira agrícola.
O levantamento, apurou, entretanto, que apesar de um movimento de desconcentração regional, o Sudeste ainda está muito à frente das demais regiões, com 50,9% de participação em 2004 ante 51,6% em 2000. O Sul passou de 24,1% para 24,0%; o Nordeste, de 14,3% para 14,6%; o Centro-Oeste, de 6,9% para 7,2%; e o Norte; de 3 2% para 3,3%.
Serviços
Quanto à maior participação do Sudeste e do Sul, o Sebrae-SP analisou que, nessas regiões, houve expansão do número de MPEs, especialmente no setor de Serviços, "como uma resposta à necessidade de modernização da sociedade e à maior sofisticação da demanda".
Outro exemplo que mostra concentração ainda elevada é a participação dos Estados. Segundo a pesquisa, 85% das novas companhias estavam situadas em dez Estados. São Paulo continuou na liderança isolada, com 30,7% de participação entre as MPEs. Em seguida, apareceram os Estados de Minas Gerais (11,6%), Rio Grande do Sul (10,7%), Paraná (7,9%), Rio de Janeiro (6,7%), Santa Catarina (5,3%), Bahia (4,5%), Goiás (3%), Ceará (2,9%) e Pernambuco (2,4%).
De acordo com o Sebrae-SP, as micro e pequenas empresas são responsáveis por 60% do pessoal ocupado e por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.