Rio – A análise do IBGE sobre os dados recolhidos juntos aos cartórios civis revela mudanças importantes no padrão de fecundidade das mulheres brasileiras. Em uma década aumentou a proporção de mães ainda adolescentes ou jovens adultas. Do total de nascidos no ano passado, 626 mil foram de mães com até 19 anos, das quais pouco mais de 10% (64.995) com até 15 anos de idade.
Quando se amplia a faixa etária, o número de nascimento de mães com até 25 anos de idade chega a 1,5 milhão, ou 53% das crianças nascidas vivas no passado e devidamente registradas no cartório. Por sinal, a maior incidência de nascimentos foi verificada em mães na faixa etária de 20 a 24 anos (864 mil nascimentos), fato que ocorre pela terceira década consecutiva.
Até a década de 1970 predominavam os nascimentos de mães na faixa que vai dos 25 aos 29 anos, responsáveis, no ano passado, por 668 mil nascimentos, a segunda maior incidência por faixa etária. O número de nascimento de mães acima dos 40 anos chegou a 60 mil, pouco mais de 2% em relação ao total de crianças nascidas e registradas nos cartórios no ano passado.
Como em outros casos, o alto índice de crianças não registradas (16,6% do total) sugere a possibilidade de os números estarem subestimados, principalmente quando se analisa os dados das regiões Norte e Nordeste do País, onde se verificam a maior proporção de nascimento nas faixas etárias mais baixas. A média dos Estados da Região Norte, por exemplo, foi de um nascimento de mãe com menos de 20 anos para 4 nascidos vivos no ano passado.
