Número de falências e concordatas mantém recuo no 1º bimestre

O volume de falências e concordatas manteve o ritmo de queda do ano passado e
recuou no primeiro bimestre de 2005. Segundo levantamento divulgado hoje (1)
pela Serasa, as falências decretadas recuaram 16% nos dois primeiros meses do
ano ante o mesmo período de 2004, enquanto as requeridas caíram 3,3%. As
concordatas requeridas e deferidas apresentaram, na mesma comparação, baixas de
14,9% e 29,3%, respectivamente.

No confronto feito entre os resultados do
primeiro bimestre de 2005 e o último de 2004, o levantamento da Serasa aponta um
declínio mais expressivo. As falências decretadas recuaram 48,4%, as requeridas,
21,1%, as concordatas deferidas apresentaram queda de 37,9% e as requeridas
diminuíram 30%.

De acordo com a Serasa, os resultados do primeiro
bimestre de 2005 refletem o bom momento vivido pela economia brasileira. A
companhia de análise de crédito cita, como exemplo os índices de desemprego
menos elevados, o aumento da massa de salários e a manutenção do aquecimento dos
negócios em vários setores, que conferem às empresas uma situação financeira
mais favorável.

A Serasa destaca também que a "política monetária
contracionista", promovida pelo Banco Central desde setembro do ano passado, não
está sendo repassada na mesma magnitude para a taxa de juros de mercado. "No
entanto, como existe uma defasagem entre a adoção da política monetária e seus
impactos na economia é possível que nos próximos meses possa haver algum reflexo
dos juros nas taxas praticadas na ponta", ressaltam os analistas da Serasa.

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