Número de abstenções cai em comparação com os últimos pleitos

Brasília – O número de abstenções verificadas nas eleições de domingo (1º) caiu em relação aos dois últimos pleitos. Ontem, 16,75% (21.092.366) do eleitorado brasileiro se abstiveram de votar, número inferior ao de 2002, que chegou a 17,74% (20.449.987), e ainda bem menor que o de 1998, que foi de 21,47% (22.773.983).

O Maranhão foi o estado campeão em abstenções, com 20,84%, seguido da Bahia, com 20,68%. Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, 15,21% não compareceram às urnas, ou seja, 4.265.672 eleitores – um número expressivo,  maior que todo o eleitorado de Santa Catarina, que é de 4.168.495.

O Rio Grande do Sul e o Distrito Federal registraram menores índices de abstenção: 13,85% e 13,88% de ausentes, respectivamente.

Entretanto, o maior índice de abstenções ocorreu no exterior, onde 51,92% de um total de 86.360 eleitores aptos para votar não compareceram às urnas.

O quadro demonstra que, apesar da queda no número de abstenções em relação às duas últimas eleições, tal percentual pode ter significado a realização do segundo turno entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Alckmin (PSDB). Se obtivesse mais 1,39% dos votos mais um, o que corresponde a cerca de 1,75 milhão de votos, o atual presidente venceria já no primeiro turno.

Quanto aos votos brancos e nulos, também numa comparação com as eleições de 2002 e 1998, houve queda nas duas opções. No primeiro turno, os votos em branco somaram 2,73% (2.866.201) e os nulos, 5,68% (5.957.182). Nas eleições anteriores foram, respectivamente, 3,03% (2.873.720) de votos em branco e 7,36% (6.976.107) de nulos, em 2002, e 8,03% (6.688.403) de brancos e 10,67% (8.886.895) de nulos, em 1998.

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