O governador Roberto Requião está diante de tarefa espinhosa. Recompor o secretariado para atuar no horizonte restrito de doze meses, e num cenário que sofrerá o impacto do clima eleitoral e suas demandas características.
Vários secretários pretendem candidatar-se à Assembléia ou Câmara dos Deputados e, por isso, devem se subordinar à exigência da desincompatibilização conforme a lei eleitoral em vigor.
O primeiro a antecipar a saída foi Renato Adur, então secretário do Desenvolvimento Urbano, e o próximo será o secretário da Justiça Aldo Parzianello, que pretende disputar uma vaga de deputado federal. Os demais devem observar o prazo legal.
Adur, ele próprio esclareceu, saiu para cuidar da campanha de Requião às prévias do PMDB para definir o candidato a presidente da República, caso o governador se inscreva e, na melhor das hipóteses, da campanha para a sucessão estadual. Nas horas vagas dedicar-se-á à sua editora de livros didáticos.
O sucessor na Secretaria de Desenvolvimento Urbano é o arquiteto Luiz Forte Netto, um nome de altíssimo conceito profissional no Brasil e exterior. Aliás, indicativo de que é líquida e certa a sua permanência no primeiro escalão num segundo mandato, ocorrendo a vitória de Requião.
Acertando a mão na escolha dos demais auxiliares como o fez ao confirmar Forte Netto na Sedu, o Paraná só teria a ganhar com um secretariado de transição e a plena carga no início do próximo quadriênio.
