O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que assumiu o cargo nesta quarta-feira (14), Leonardo Picciani (PMDB-RJ), afirmou que dará prioridade a projetos da área de segurança pública que estão na comissão à espera de votação e defendeu a proposta de dar aos Estados a possibilidade de fazer leis penais. Essa é uma das propostas que o presidente da CCJ pretende começar a debater. "Vamos discutir a questão de transferir a capacidade de legislar penalmente para os Estados", afirmou.
Picciani disse que pretende indicar amanhã os relatores dos projetos que tratam de segurança pública para que eles já comecem a trabalhar nas propostas. No discurso que fez, Picciani 27 anos, procurou responder às resistências ao seu nome para presidir a CCJ, considerada a mais importante comissão permanente da Câmara. "Encontramos alguns pré-julgamentos e conceitos por causa da minha idade. Não podemos aceitar isso e a comissão não aceitou", afirmou Picciani.
O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), indicou Picciani em acordo com a bancada do partido no Rio de Janeiro que o apoiou para assumir a liderança. "Leonardo Picciani é sócio de empresas agropecuárias do pai, Jorge Picciani, que têm problemas fiscais. Isso não é bom para presidir a principal comissão da Casa", afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), suplente da CCJ. "Não é questão etária. É questão de ética", afirmou Alencar.