Criado pelo governo federal no último Dia Mundial do Meio Ambiente (5), o Parque Nacional do Juruena recebe uma expedição de ambientalistas durante 20 dias, entre 13 de junho e 2 de julho. São técnicos de conservação ambiental, biólogos e jornalistas que percorrerão mais de mil quilômetros para colher dados sobre a rica biodiversidade local. O grupo vai também detectar focos de garimpo e o modo de vida de comunidades tradicionais, como os povos Kayabi e Apiacás que vivem na região.

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A iniciativa é do Ibama, WWF-Brasil e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS), e conta com parceria do ICV (Instituto Centro da Vida) e do WWF- Alemanha.

Área de extrema variedade biológica, o Parque Nacional do Juruena é lar de espécies que correm risco de extinção em outras regiões da Amazônia, como a onça pintada, a ariranha, o gavião real e o peixe boi. A área, ainda pouco pesquisada, protegerá possíveis espécies que ainda nem sequer foram catalogadas pela ciência.

O parque nacional era uma das últimas unidades de conservação que faltavam ser criadas para completar o corredor meridional da Amazônia, importante tanto pela sua qualidade ecológica, como para resistir ao avanço do desmatamento que vem do sul para norte do Brasil.

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Localizado no norte do estado do Mato Grosso e sul do Amazonas, o recém-criado Parque Nacional do Juruena conta com uma área de quase 2 milhões de hectares. É o terceiro maior parque do Brasil, atrás apenas do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (com 3,9 milhões de hectares) e do Parque Nacional do Jaú (com 2,3 milhões hectares).