Apesar do novo cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) ter apontado um crescimento maior da economia brasileira nos últimos anos, o país não teve ter mais facilidade para atingir as metas do governo, na opinião do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Não dá para a gente achar que tem nada fácil. Nós vamos ter de trabalhar bastante, nós vamos ter de continuar fazendo esforço, afirmou, após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada.
O novo método de calcular o PIB, apresentado hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aumentou o crescimento de anos anteriores. Em 2005, por exemplo, a informação era de que o crescimento em relação a 2004 havia sido de 2,3%. Com o novo cálculo, foi verificado um crescimento de 2 9%
O novo cálculo leva em consideração uma quantidade maior de produtos e pesquisas. No Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo brasileiro prevê taxas de crescimento de 4,5% em 2007 e 5% nos próximos anos.
O ministro disse que o presidente ficou satisfeito com o novo resultado do PIB e destacou que a equipe deve trabalhar para melhorar os índices de crescimento. Sobre as dificuldades para aprovar as medidas do PAC no Congresso Nacional, o ministro minimizou o problema e ressaltou que a oposição no Brasil é do bem. Não podemos pensar de forma pequena. O PAC vai ser bom para o país. Se nós aprovarmos esses projetos, quem assumir o governo depois do presidente, vai herdar o país com melhores condições.
Em relação edição de uma medida provisória para a instituição do novo salário mínimo de R$ 380, valor que está no PAC, Bernardo informou que o governo estuda essa possibilidade. Me parece que é uma tendência natural que nós façamos a medida provisória para resolver uma coisa que foi compromisso do presidente no ano passado, explicou.
