Com a conclusão, este mês, das obras de pavimentação da rodovia BR-476, no trecho de Adrianópolis a Bocaiúva do Sul, no Paraná, os paulistas passarão a ter uma nova opção de acesso a Curitiba, além da problemática rodovia Régis Bittencourt (BR-116). O trecho pavimentado, da divisa de São Paulo a Curitiba, tem 124 quilômetros.
Para ser liberado ao tráfego, faltam obras de sinalização e acostamentos. De acordo com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), os serviços ficam prontos até o final de junho. A inauguração, no entanto, deve ocorrer apenas em julho, pois os prefeitos da região esperam contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Uma obra como esta, esperada há mais de 50 anos, merece uma inauguração de respeito", disse o ex-prefeito e atual chefe de gabinete da prefeitura de Bocaiúva, Élcio Berti. A BR-476 se liga, no trecho paulista, à rodovia Sebastião de Camargo Penteado (SP-250).
Da divisa, no município de Ribeira, até Capão Bonito, a estrada tem 120 quilômetros de pista simples. De São Paulo a Curitiba, usando essa rota, são 565 quilômetros – 160 a mais do que pela Régis. O novo traçado, no entanto, tem um percurso pelo menos 200 quilômetros menor do que a opção de seguir por Itararé.
Esse foi o trajeto feito pelos motoristas quando a Régis ficou interditada, no início do ano, por causa da queda de uma ponte. De acordo com Berti, a BR-116 corta uma das regiões mais chuvosas do País, por isso o risco de interdições é freqüente. "A nova rota já passa a ser a melhor opção para quem está na região central do Estado de São Paulo e quer chegar a Curitiba."
Os prefeitos do sudoeste paulista prevêem um aumento imediato de 30% no tráfego da SP-250. Eles já encaminharam ao governador Geraldo Alckmin pedido de melhorias nas rodovias, como a construção de acostamentos. O ex-prefeito de Apiaí, Nilton Passoca de Toledo e Silva, disse que os acostamentos não bastam. "É preciso retificar curvas e melhorar a sinalização."