Um grupo de países latino-americanos, inclusive o Brasil, teme sofrer novas restrições para exportar para a União Européia a partir de 2007, quando entra em vigor uma nova lei em Bruxelas sobre regulamentação de alimentos. Para os países da região, a norma pode impedir as exportações de produtos como frutas exóticas, sementes ou alimentos tradicionais. O caso foi levado à Organização Mundial do Comércio (OMC) pelos governos latino-americanos.
A lei européia estipula que um produto que não estava no mercado europeu antes de 1997 precisa passar por análises científicas. Para os latino-americanos, isso pode ser caro e difícil, inviabilizando as exportações e afetando a renda de regiões mais pobres. Segundo os diplomatas latino-americanos, pela diversidade biológica da região, muitos produtos ou tipos de sementes e frutas nunca foram devidamente testados para exportar. A Europa pediu mais informação aos países da região para tentar solucionar o problema, mas nega que esteja sendo protecionista.
A Europa alega que a lei tem como objetivo regular a entrada de novos produtos feitos a partir de modificações genéticas e uso de tecnologia. Itens como iogurte com modificações para ajudar a digestão ou milho mais resistente fazem parte das preocupações européias.
Árvores de Natal
Já uma disputa entre americanos e chineses pode acabar encarecendo o preço das árvores de Natal no mercado americano para dezembro. Isso porque os americanos decidiram restringir certos pinheiros que estavam sendo exportados por Pequim para o mercado americano por causa de problemas fitossanitários. A China se queixou na semana passada à OMC, mas espera que o tema esteja resolvido em negociações bilaterais nas próximas semanas.