O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, retomou as atividades do segundo semestre sob fogo cerrado. Segue enganchado no cipoal de indícios que desnudam um relacionamento comercial, no mínimo, debruado por uma série de práticas comerciais não ortodoxas à luz da contabilidade e do fisco.

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A veracidade das citadas operações, desautorizadas no todo ou em parte pelas pessoas relacionadas como compradoras do gado criado em suas fazendas, está sendo apurada pela Polícia Federal.

Enquanto isso, a semana do senador começa sob a acusação de ter feito negócios mal explicados também na área da comunicação social.

Renan voltou ao posto com o mesmo pensamento de antes: não pedirá licença do cargo de presidente do Senado e, tampouco, renunciará ao mandato. As vozes mais sensatas da Casa foram unânimes em aconselhá-lo a retirar-se da presidência, pelo tempo que o Conselho de Ética estiver examinando o processo por quebra de decoro.

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Não havia, contudo, estourado o último petardo. Curtido pelas intempéries do mesmo sertão que um dia abrigou Lampião, Renan até agora demonstrou possuir a resistência de um asceta.

Não se sabe, porém, quanto tempo vai durar a purgação tida pelo senador como calvário pessoal. O inconveniente é que a sociedade continue a transigir com o enxovalhamento de uma de suas mais nobres instituições.

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