Ministério da Saúde apresentou hoje (25), durante reunião do Comitê de Nacional de Mobilização contra a Dengue, a nova campanha prevenção à doença, que será lançada em novembro em todo o país. Com o slogan ?Não esqueça. A dengue se combate todo dia?, a campanha pretende estimular a população a realizar ações diárias para evitar a formação de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Desta vez, aboliu-se a nomenclatura Dia D, que identificava a data nacional de combate à dengue (18 de novembro). A data passa, a partir de agora, a ser chamada de Dia Nacional de Mobilização contra a Dengue.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Fabiano Pimenta, a expressão Dia D poderia sugerir à população que o combate ao mosquito deve se concentrar em um dia apenas, quando a intenção é tornar a prevenção uma prática diária.
A mudança no foco da campanha, no sentido de mobilizar a sociedade durante todos o ano, foi motivada pelos resultados de uma pesquisa sobre a percepção da população a respeito da doença.O levantamento, que ouviu por telefone mais de 3 mil pessoas, mostrou que a população sabe que o problema da dengue existe, reconhece a responsabilidade dos cidadãos na prevenção da doença e identifica a eliminação de locais que acumulam água parada como principal medida para reduzir os focos do mosquito transmissor.
Segundo Pimenta, os resultados da pesquisa levam a crer que a informação existe, mas ?as ações preventivas são tomadas à medida que há um estímulo?, Por isso, há necessidade de estender as campanhas de prevenção ao longo do ano, ao invés de concentrá-las somente no verão, quando o aumento do calor e das chuvas favorece a proliferação do mosquito.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de R$ 6,7 milhões serão investidos na campanha, que terá início em novembro. Os recursos serão empregados em equipamentos, como microscópios e veículos, e em campanhas publicitárias para a mobilização da população.
Este ano, já foram registrados no país mais de 280 mil casos de dengue. O maior número de casos, cerca de 121 mil, foi na Região Sudeste. O Centro-Oeste, no entanto, é a região que apresenta maior incidência da doença. Apesar de registrar menor número de casos (51 mil), as ocorrências representam um percentual bem maior da população, menos numerosa do que a da Região Sudeste.