O Nordeste é a região brasileira que menos contribui para o financiamento do governo federal, em termos da arrecadação per capita, indica o estudo ?Arrecadação tributária para a União, dividida por estados e regiões?, divulgado hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
Segundo o presidente da entidade, o cientista tributário Gilberto Luiz do Amaral, a arrecadação per capita é o índice mais seguro para identificar a participação de cada estado na arrecadação global do país. O indicador é feito dividindo-se o total de arrecadação tributária pela população de cada estado.
Entre os estados com menor participação, estão Piauí e Alagoas. Tomando por base a arrecadação média per capita da Receita Federal em 2005, equivalente a R$ 1,9 mil por brasileiro, verifica-se que, no Piauí, o montante arrecadado foi de R$ 151 por habitante e de R$ 183 em Alagoas.
O Distrito Federal, na região Centro-Oeste, lidera o ranking nacional, com arrecadação per capita de R$ 15 mil por habitante. Amaral ressaltou que o DF tem uma arrecadação superdimensionada por concentrar a arrecadação dos órgãos federais e de empresas estatais ali sediados.
Eliminando-se o Distrito Federal, justamente por causa dessa particularidade, a maior arrecadação tributária per capita do país é a do estado do Rio de Janeiro, com R$ 5,3 mil. Em seguida está São Paulo, com R$ 3,6 mil por habitante.
De acordo com Amaral, em 2001, São Paulo apresentava a maior arrecadação per capita depois do Distrito Federal. A partir daquele ano, o Rio ocupou essa posição, devido ao impulso registrado no setor petrolífero, principalmente pelo fato de a Petrobras estar sediada no estado.
