Toda a população de Londres mostrava-se eufórica pela conquista da oportunidade de realizar os Jogos Olímpicos de 2012, vitória anunciada na véspera. Na manhã de quinta-feira, quando os londrinos iniciavam mais um dia de trabalho, quando seriam obrigatórias as manifestações de regozijo pela decisão do Comitê Olímpico Internacional, veio o horror.
Três estações centrais do concorrido metrô que percorre toda a extensão da capital inglesa, em dezenas de linhas, e um dos populares ônibus vermelhos de dois andares – o mais londrino dos cartões-postais – foram alvos de atentados terroristas logo reivindicados por uma ramificação ligada à Al-Qaeda.
Quatro explosões ocorreram em diabólica sucessão em vagões lotados do metrô e no ônibus, matando mais de 50 pessoas e ferindo cerca de setecentas, 350 delas em estado crítico. Mais uma vez a mão assassina deixa-se dominar pelo ódio nacionalista e flagela pessoas inocentes que iam para o trabalho, como ocorrera antes em Nova York e Madri.
Nojo e repúdio despontaram na consciência de homens e mulheres de boa vontade. A insanidade do crime mais abjeto de todos – o terror – não será capaz de suplantar o ideal da paz e da concórdia.