No último dia do horário eleitoral, os dois candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), pediram votos no programa eleitoral de TV. Lula exibiu o seu último programa em clima de despedida, enquanto Alckmin relembrou as realizações no governo de São Paulo.

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Lula fez um discurso emocionado, em meio a cenas de pessoas dando as mãos em diversas partes do País. Ele destacou seu apoio popular e político e reconheceu que o segundo turno "foi a coisa melhor que poderia ter acontecido para o País", pois o debate foi mais amplo e profundo nesta parte da campanha. Segundo o petista, as diferenças entre os candidatos ficaram claras e o "Brasil não se partiu em dois, como muita gente temia". "Não houve uma separação traumática entre classes e regiões, como previam os mais apressados", alfinetou.

"Seja quem for eleito, sua primeira missão será unir o Brasil em torno de um projeto de futuro. São grandes os desafios internos e internos para que a gente se perca em brigas pessoais ou em disputas partidárias menores", disse Lula. Ele defendeu um amplo debate democrático. Em tom conciliador, Lula afirmou que após o fim da disputa eleitoral, no domingo, começa uma nova etapa, em que "só interessa a vitória do Brasil". Lula afirmou que o País tem condições políticas "promissoras", afirmou ter "excelente diálogo" com os governadores já eleitos e uma base sólida no novo Congresso.

Lula afirmou que caso seja reeleito, saberá "melhorar o que está certo, corrigir o que está errado, e fazer o que não foi feito", além de punir os erros, "doa a quem doer". Lula afirmou que o País tem condições de crescer mais rápido e criar mais empregos e defendeu melhorias na saúde, segurança e educação. "Isso só será possível porque colocamos o Brasil nos trilhos", disse, enfatizando a necessidade de distribuir renda. Caso seja reeleito, o petista afirmou que não teme comparação com seu primeiro mandato, pois possui projeto, equipe, e apoio político.

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Parceria

Alckmin enfatizou suas prioridades e falou sobre educação, saúde segurança e geração de empregos. "O governo precisa ser parceiro, estimular, investir no que é necessário", disse, prometendo diminuir impostos e aumentar os investimentos. "O papel do governo é não roubar, não deixar roubar", comentou, ao abordar o aspecto ético. "O Brasil não pode mais perder tempo com notícia ruim, com escândalo, com coisa que não leva a nada", ressaltou.

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Com o slogan "agora Geraldo vai levar para o Brasil", o tucano destacou suas realizações no governo de São Paulo, como a construção de casas populares e de obras de infra-estrutura, a distribuição gratuita de remédios e as fábricas de remédios e vacinas, além da criação das faculdades de tecnologia. Ele citou as padarias artesanais, projeto criado por sua esposa.

Alckmin usou depoimentos dos governadores eleitos de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e de São Paulo, José Serra (PSDB), além do senador eleito de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB). No fim do programa, ele novamente acusou Lula de privatizar a Amazônia.