Brasília – Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas se reuniram há pouco com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie. Durante encontro, os deputados defenderam a criação de uma força-tarefa judicial, que chamou de "cruzada processual", para colocar a cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) em um regime diferenciado de cumprimento de pena. Desde o final de semana, ataques em São Paulo são atribuídos à facção criminosa. Até agora, os conflitos já mataram mais de 100 pessoas.
Segundo informou o presidente da CPI, deputado Moroni Torgan, durante encontro ficou decidido que na duas próximas terça-feira (23 e 30) integrantes da comissão vão se reunir com representantes do Conselho Nacional de Justiça para discutirem esssa questão e encontrarem uma saída, para que juntos ? Legislativo e Judiciário ? tenham mais forças para combater o crime organizado.
"As duas instituições estão decididas a se unirem no combate a este crime. A justiça pode fazer a parte dela, e o Legislativo também, adequando as leis. É uma avenida de duas mãos. Estamos nos preparando como Legislativo e Judiciário e esperamos que o Executivo esteja conosco nessa batalha contra o crime organizado, que vem crescendo a cada dia", disse Torgan, em entrevista à imprensa.
Durante encontro, Moroni Torgan também apresentou à ministra Ellen Gracie um panorama dos trabalhos da CPI, que funciona há um ano e dois meses e investigou a estrutura e o funcionamento da organização criminosa PCC no estado de São Paulo.