Vivendo a sua pior fase no Campeonato Brasileiro depois de completar, na derrota para o Coritiba, seu quinto jogo sem vitórias na competição, o Atlético terá que virar a chave e focar no duelo contra o Brasília, amanhã, às 22h, na Arena da Baixada, pela Copa Sul-Americana. Apesar de o técnico Milton Mendes negar que a competição internacional seja a prioridade do Furacão, o torneio passa a ser o caminho mais viável para o Rubro-Negro voltar a disputar a Libertadores.

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“Não existe isso. Nós sempre priorizamos o próximo jogo. A nossa próxima partida sempre é a mais importante. Tanto que quando nós colocamos uma equipe em campo, sempre pensamos que é a melhor. Força máxima sempre. Às vezes acontece de a equipe não contribuir da melhor forma. Você vê hoje (domingo), por exemplo. O Walter já vinha jogando há algum tempo, com uma sequência e acabou lesionando. As coisas precisam ser feitas com pé e cabeça. Optamos por colocá-lo em mais jogos e infelizmente o perdemos agora”, explicou o treinador.

Desfalques

Visivelmente abatido com o revés sofrido no clássico, o comandante atleticano afirmou que nunca fez rodízio no elenco diante da sequência desgastante de jogos do Furacão, mas que estava tentando evitar o que aconteceu com Walter e Nikão, que dificilmente estarão em campo amanhã.

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“Temos que nos recuperar bem. O Walter sentiu, o Nikão sentiu. O tal rodízio que todo mundo fala, não era rodízio e sim uma forma segura para que o jogador não possa se lesionar. Insistimos em alguns pontos, tivemos dois lesionados e agora eles podem ficar mais que um jogo parados. Isso nos deixa duplamente chateados, mas somos homens de luta, homens de batalha, de fé e de trabalho e temos que pensar já no jogo da Sul Americana”, acrescentou Mendes.

O treinador realiza hoje o último treino para definir a equipe que pega o Brasília.

Concorrentes também sofrem

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Depois de uma maratona de sete rodadas em um intervalo de três semanas, o Campeonato Brasileiro dá uma parada, voltando a ser disputado apenas no final de semana e dando lugar à Copa do Brasil e à Copa Sul-Americana. Chance para alguns times descansarem e terem mais tempo para treinar e corrigir erros. O que não será o caso do Atlético.

Na disputa do torneio continental, o Furacão terá pela frente amanhã o Brasília, às 22h, na Arena da Baixada, com o confronto de volta, no Distrito Federal, acontecendo no dia 30. Ou seja, a maratona atleticana seguirá normalmente nas próximas duas semanas, o que pode atrapalhar o rendimento da equipe na busca por um lugar no G4 do Brasileirão, devido ao desgaste físico.

Atualmente, o Rubro-Negro está em nono lugar na classificação, com 38 pontos, seis atrás do Palmeiras, que está em quarto lugar, com 44. Entre eles estão São Paulo, Flamengo, Internacional e Santos. Execção ao rubro-negro carioca, todos os outros entrarão em campo neste meio de semana, mas pela Copa do Brasil. Desta forma, o Atlético não sai prejudicado em relação aos concorrentes. Pelo contrário.

Enquanto todos eles enfrentam adversários da Série A, inclusive com o Palmeiras enfrentando o Inter, o Furacão jogará contra um time que não disputa nenhuma divisão nacional, o que, inevitavelmente, o transforma em um time mais fraco e, na teoria, fácil de ser batido.

Já pensando em uma possível prioridade do Rubro-Negro para a Sul-Americana, o perigo no Brasileirão seria cair ainda mais na tabela – o nono lugar é a pior colocação do clube na competição -. Neste caso, não há tanta preocupação também. Na próxima rodada, o Atlético só poderia ser ultrapassado pela Ponte Preta, que só joga o Campeonato Brasileiro, e o Sport, que amanhã também joga pela Sul-Americana, contra o Huracán, da Argentina. (Ricardo Brejinski)