Quem foi que disse que as crianças não tem vez no teatro? Tem, sim senhor. A peça “A Princesa e a Lagartixa”, do circuito Fringe, levou toda sua fantasia desta vez não para os palcos de teatro, mas sim para o grande hall do hospital infantil Pequeno Príncipe, em Curitiba.
A peça conta a história de um jacaré que acredita ser uma lagartixa e aborda até temas delicados como a morte, na transformação de um dos personagens em uma estrela. “(A peça) fala de aceitação e de uma forma muito sutil a relação com a morte, com a perda. Tanto para os pais, quanto para as crianças”, revela Lucas França, diretor do espetáculo.
Tally Mendonça, uma das atrizes principais da peça e também produtora disse que a equipe do espetáculo recebeu um convite por uma das voluntárias do hospital, e acredita que o resultado foi ótimo. “Acho que eles gostaram, se divertiram e a gente ouviu muitas risadas durante a peça. No geral foi muito gostoso falar com eles, ter o retorno e o carinho deles”, diz Tally.
Ainda sobre o público infantil, a atriz paulista revela que trabalhar para com as crianças é tão gratificante quanto trabalhar com o público adulto, mas “de uma maneira diferente”. “Eles (os adultos) estão analisando tudo o que você está fazendo. A criança tá curtindo tudo o que você está fazendo, então ela não para pra analisar. É uma reação mais emocional e mais calorosa. A criança vê o personagem e quer abraçar a lagartixa, quer abraçar a princesa, é uma relação muito mais próxima”.
Antes de encerrar sua participação no Festival de Teatro de Curitiba, a peça terá uma última apresentação neste domingo, ás 10h, na Casa Hoffmann, localizado no bairro do São Francisco.