A Prefeitura de Curitiba adotou medidas de economia de água em algumas áreas da administração, por causa da falta de chuvas. O uso racional da água foi adotado em serviços municipais onde a demanda pelo recurso é maior – no Mercado Municipal, na limpeza de feiras livres e manutenção de jardins e canteiros públicos. As medidas estão dando resultados.

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No Mercado Municipal, a Secretaria Municipal do Abastecimento, fez um trabalho de conscientização junto aos comerciantes e conseguiu diminuir o consumo de água nos finais de semana, quando a demanda é maior, de 90 mil metros cúbicos para 65 mil metros cúbicos.

Segundo o gerente do Mercado, Carlos Koneski, a orientação é repassada individualmente, principalmente para os comerciantes das três peixarias e dos 15 restaurantes onde a necessidade de água é maior. "As medidas de economia são diferentes para cada setor e não afetam a qualidade dos serviços e nem a higiene do Mercado, mas evita o desperdício", disse Koneski.

Um dos exemplos citados pelo gerente é o uso de baldes e panos úmidos para limpeza dos espaços no lugar de mangueiras. Nos restaurantes, a dica é lavar a louça com 10% de vazão ao contrário de deixá-la totalmente aberta como de hábito. Os procedimentos de controle de consumo foram tirados de cartilhas oficiais sobre o assunto.

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"O controle é contínuo e efetivo. Todos os dias a administração verifica e reforça junto aos comerciantes a necessidade de colaboração, até para que os hábitos continuem nos períodos de normalidade", explicou o gerente.

A campanha da Prefeitura também se estende aos freqüentadores do Mercado Municipal. Nos banheiros públicos, foram fixados alertas sobre o racionamento, pedindo à população que evite o desperdício de água.

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Meio Ambiente – A Secretaria do Meio Ambiente também adotou providências para economia de água. Na limpeza dos pontos de feiras livres, a secretaria diminuiu o uso de água e reforçou as varrições. Apenas pontos críticos estão sendo lavados. A medida gerou uma economia de 53% de água. O consumo baixou de 35 mil litros diários para 14 mil litros. A água utilizada não é água potável.

Outro procedimento do Meio Ambiente foi a revisão e sondagens no sistema hidráulico de unidades que utilizam água com mais freqüência para os serviços, como Zoológico e Horto Municipal. A revisão serve para corrigir eventuais vazamentos em sistemas mais antigos.

A secretaria também suspendeu temporariamente a reposição de flores em praças, parques e canteiros públicos e diminuiu a freqüência de irrigação destes locais. "O que foi plantado antes da fase crítica permanecerá, mas não serão feitos novos plantios. A medida economiza água e também evita a perda da produção e, conseqüentemente, os investimentos do município", disse o diretor de Parques de Praças, Sérgio Tocchio.

No caso da irrigação dos canteiros de ruas e avenidas, como a Vitor Ferreira do Amaral e Avenida das Torres, o serviço é feito apenas uma vez por semana, com água não potável, da região do parque Náutico. São exceções os canteiros do Jardim Botânico, que dispõe de um sistema automatizado de irrigação com controle de consumo. A água vem do lago do Jardim Botânico e o próprio sistema direciona o recurso para os pontos necessários. Mesmo assim, a freqüência de irrigação diminuiu.