A Pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua estável em relação ao item sobre rejeição individual dos candidatos para as eleições de outubro. Do total dos entrevistados,34,7% disseram que não votariam em Lula ante 35,7% registrados na última pesquisa, feita em abril. Já o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin teve a rejeição de 40,6% dos entrevistados. Em abril, a rejeição foi menor: 33,5%.

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Pouco mais da metade dos entrevistados, 50,7%, disse que não votariam na senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), que na pesquisa anterior também teve uma rejeição menor, de 47,7%. Anthony Garotinho, do PMDB, obteve uma rejeição de 60,7% dos entrevistados, contra 50,7% de rejeição no mês passado. Itamar Franco, que foi colocado na pesquisa antes de ele anunciar que estava saindo teve 59,6% de rejeição, e José Alencar 60,1%. Na avaliação do diretor da CNT, Ricardo Guedes, tecnicamente quem obteve mais de 40% de rejeição é considerado fora do jogo político. Por esse raciocínio, Alckmin estaria fora.

Governo

O CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas entre os dias 18 a 21 deste mês, uma semana depois dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) que chegaram a parar a cidade de São Paulo no dia 15 de maio. Dos entrevistados, 53,9% aprovam o desempenho de Lula ante 53,6% no mês passado; 37,8% o desaprovam ante 37,6% em abril, e 8,4% não responderam ou disseram não saber

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O presidente obteve avaliação positiva de 38,3%, acima dos 37,6% registrados em abril; 37,5% consideraram seu desempenho regular ante 36,7% no mês passado, e 22,2% o avaliaram negativamente ante 24,1% em abril

Em relação ao governo, 8,9% disseram que o consideram ótimo, ante 9% em abril; 29,4% o consideram bom ante 28,6% em abril; 37 5% o consideram regular ante 36,7% no mês passado; 8,5% o consideram ruim ante 9,6% na última pesquisa e 13,7% o consideram péssimo ante 14,5% em abril. A avaliação positiva de 38,3% foi atribuída pela CNT à estabilidade da moeda, ao aumento do emprego, ao aumento do salário mínimo acima da inflação e aos programas sociais do governo

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Bolívia

As ações do governo em resposta à crise do gás motivada pela nacionalização das reservas pela Bolívia foram consideradas inadequadas para 28,2% dos entrevistados. O percentual representa 44,8% da população que tomou conhecimento do assunto – 62,8% das duas mil pessoas consultadas. Consideraram adequadas as ações do governo 19,9% das pessoas ouvidas, o equivalente a 31,6% da população que soube do tema. Para 35,4% dos entrevistados, o problema vai afetar o abastecimento de gás no País, enquanto 20,4% não acreditam em impacto no fornecimento. Para 28,4% dos entrevistados, a crise do gás prejudica a reeleição do presidente Lula, enquanto 28% avaliaram que não afeta.

Expectativa

A expectativa de 49% dos entrevistados na pesquisa CNT/Sensus é que o presidente Lula seja reeleito, enquanto 13,7% acham que Alckmin (PSDB/PFL) será o vencedor, enquanto 4% acreditam na vitória de Anthony Garotinho (PMDB), 1,6% apostam na vitória de Itamar Franco 1,6% e 1,5% acreditam na vitória da senadora Heloisa Helena. De acordo com a pesquisa CNT/Sensus, 28 9% não sabem ou não responderam.