Os paranaenses vão às urnas para escolher o novo governador do estado, optando pelo atual, amparado pelo instituto da reeleição a pleitear o segundo mandato, ou o senador Osmar Dias, ex-secretário da Agricultura nos governos Alvaro Dias e do próprio Requião, na primeira administração.
Para aqueles que, porventura, alimentassem alguma reserva quanto à escolha, o debate realizado pela Rede Paranaense de Comunicação na noite da última quinta-feira foi a oportunidade para estratificar a intenção do voto, mesmo porque não há tempo adicional para comparar as propostas de um e outro.
As cartas foram postas sobre a mesa e ambos os postulantes se esforçaram para transmitir suas idéias de forma clara e convincente, posto que em determinados momentos tivessem sido assediados pela tentação do desbordamento.
O debate é, portanto, apesar das constantes repetições e propostas que permanecem na superfície, o principal instrumento para que o eleitor afaste, em definitivo, os óbices mantidos em relação aos candidatos e compareça à seção eleitoral onde está inscrito para sufragar o preferido.
Há também os que só decidem no calor da hora, no instante mesmo de comprimir a tecla da urna eletrônica, e é este tipo de eleitor arraigadamente indeciso que torna as pesquisas eleitorais, muitas vezes, um mistério impenetrável, além de influírem de modo ponderável no resultado de uma eleição.
Elucubrações à parte, tanto o governador licenciado quanto o opositor habilitado para a disputa do segundo turno cumpriram – cada um à sua maneira – o estafante ritual de apresentar seus programas de trabalho à sociedade, em última análise, a responsável pela decisão final.
Os candidatos buscaram, na base da retórica dos discursos e com os recursos infindáveis da produção eletrônica de imagens cada vez mais sofisticadas, atribuir a seus projetos uma aura edulcorada, não raro, hiperbólica. É parte da política como espetáculo. O eleitor dirá o que pensa.
