Nilmário: prisão de fazendeiro acusado pelo massacre é ”exemplar”

O ministro Nimário Miranda, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, considerou a prisão do fazendeiro Adriano Chafik, nesta terça-feira, em São Paulo, "uma resposta exemplar do Estado". O fazendeiro é suspeito de ser o mandante do ataque que matou cinco sem-terra no município de Felisburgo (MG) no último dia 20. "Isso vai contribuir para a redução da impunidade no Brasil", comemorou Nilmário.

Para o ministro, a prisão de Chafik sinaliza o combate à violência no campo. "Conflito é uma coisa, violência é outra, é inaceitável. Pessoas que perderam na Justiça e vão fazer ?justiça? com as próprias mãos, isso é intolerável", condenou. "Conflitos são parte de democracia, armas não", reforçou o ministro.

De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de São Paulo, a prisão de Chafik Luedy foi negociada com seu advogado, Fábio Rogério de Souza. Segundo Nilmário, já foram identificados os nomes de 11 participantes do massacre, de um total de 13 ou 14 que estariam envolvidos. "Há informações conflitantes", explicou. Ao elogiar a atuação da Polícia Federal e da polícia de Minas Gerais, que atuam na investigação da chacina, ele destacou que sete pessoas já estão presas e que os demais participantes estão sendo procurados.

O ministro lembrou ainda que as terras onde os sem-terra assassinados estavam acampados são devolutas e que o fazendeiro Adriano Chafik não conseguiu na Justiça a reintegração de posse. "Os sem-terra voltaram para o seu acampamento com segurança. Eles não têm que sair de lá porque não há decisão judicial para isso. Portanto, têm o direito de permanecer com segurança e com apoio para reconstrução de seus barracos".

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