O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, declarou nesta quinta-feira durante audiência na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga questões fundiárias no país, que o assassinato dos cinco trabalhadores sem-terra na cidade de Felisburgo (MG), merece uma punição exemplar, pois foi praticado "com premeditação, violência extrema, crueldade e selvageria".
Segundo o ministro, sete pessoas envolvidas na chacina foram identificadas, três já estão presas e as outras quatro suspeitas de participação estão com mandados de prisão já aprovados pela Justiça. Nesta terça-feira, a Polícia Civil de Minas Gerais encontrou um arsenal de armas de diversos calibres, após uma busca realizada nas terras do fazendeiro Adriano Chafic, principal suspeito de ser o mandante do massacre.
O acampamento Terra Prometida, ocupado por cerca de 200 famílias desde 2002, foi atacado na manhã de sábado por sete pistoleiros. De acordo com o MST, o Instituto de Terras de Minas Gerais (Iter-MG) verificou que as terras eram devolutas.
O ministro Nilmário Miranda confirma que 14 pessoas morreram em conflitos no campo neste ano. Para ele, o governo federal está empenhado em desenvolver uma política nacional voltada para resolver os conflitos pela disputa de terra.