O Brasil recebeu ontem (17) sinal positivo para sua candidatura à presidência da Organização Mundial do Comércio (OMC) vindo de um dos mais importantes parceiros no Grupo dos 20, a Nigéria. O G-20, criado no âmbito das negociações da Rodada Doha na OMC, em 2003, é uma aliança que inclui grandes países em desenvolvimento em prol da liberalização do comércio agrícola mundial.

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O chanceler Celso Amorim diz ter ouvido "coisas muito positivas" de seu congênere nigeriano, Olu Adeniji, durante as reuniões que manteve com ele nesta segunda-feira. "Nós vamos manter nossa unidade no G-20. Quem fala do pão, fala da manteiga", afirmaram os nigerianos, segundo Amorim, ao tratar da candidatura do embaixador Luiz Felipe Seixas Correa à diretoria?geral da OMC, onde ele já atua como chefe da representação brasileira junto ao órgão. A eleição deve se dar ainda este semestre.

Amorim se disse satisfeito com as reniões em Abuja, capital da Nigéria: "É um país com quem nós não tínhamos ainda neste governo engatado uma reunião mais próxima". Ele anunciou que ainda neste semestre devem se realizar encontros de uma Comissão Mista formada por representantes dos dois países para tentar achar formas de aumentar o intercâmbio comercial.

Segundo o ministro, os nigerianos têm interesse em adquirir do Brasil itens como ônibus, máquinas de processamento de mandioca, equipamentos navais, entre outros. O problema, segundo os empresários presentes à comitiva brasileira, ainda é a questão do financiamento. Hoje, existe uma dívida superior a US$ 100 milhões de importadores nigerianos com os brasileiros. Os africanos contestam, mas foros interancionais já endossaram as alegações brasileiras.

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