Oficiais de saúde da Nigéria confirmaram nesta quarta-feira (31) os primeiros casos de vítimas humanas da gripe aviária no país. A informação é de que uma mulher de 22 anos morreu em Lagos, maior cidade nigeriana e a segunda do continente africano, no último dia 17. Um membro de sua família também foi infectado, mas está respondendo ao tratamento. O Ministro da Informação, Frank Nweke declarou que o governo aumentou a vigilância por todo o país depois da notificação.

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O número de pessoas contaminadas pode ser maior. Oficiais de saúde disseram que mais 14 amostras de sangue estavam sendo testadas em laboratório. Nweke não fez, contudo, qualquer menção a esses casos. Uma epidemia provocada pelo vírus H5N1, de maior letalidade, da gripe aviária atingiu a Nigéria no ano passado, mas não fez vítimas humanas. Até então, Egito e República do Djibuti eram os únicos países africanos com registros da doença em pessoas. No Egito, pelo menos 11 morreram.

A gripe aviária é de difícil contágio entre humanos, mas especialistas temem que o H5N1 pode passar por mutações que facilitem sua transmissão entre as pessoas. Se isso acontecer, alertam, o mundo pode assistir a uma pandemia da doença, capaz de matar milhões. Na Nigéria, a presença do H5N1 já foi confirmada em 15 de seus 36 estados.

Em setembro, quando o vírus foi encontrado pela última vez em aves em uma fazenda perto de Lagos, mais de 915 mil animais foram sacrificados em todo o país por veterinários do governo em um esquema no qual os produtores seriam ressarcidos. No entanto, muitos criadores reclamam não ter recebido qualquer compensação do governo. Por isso, oficiais agora temem que mortes de frangos tenham sido encobertas por criadores, receosos de ter seus animais abatidos.

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