O governo conseguiu acalmar os ânimos do senador Ney Suassuna que ameaçava deixar a vice-liderança do Governo e votar contra a Medida Provisória que fixou o salário mínimo em R$ 260.
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) voltou atrás na decisão, anunciada hoje de manhã, depois de almoçar com o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo; o líder de seu partido, senador Renan Calheiros e outros 13 senadores peemedebistas.
?Achei que não deveria continuar na vice-liderança, mas houve um apelo do Renan e do ministro, e eu acho que a gente tem que dar um voto de confiança?, disse, acrescentando no entanto que a decisão não significava votar a favor do mínimo de R$ 260.
Ele ressaltou que a reunião marcada para hoje, às 19h, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será essencial para decidir o seu voto.
O senador afirmou que continua ?magoado? com atitudes do governo federal, especialmente depois que seu adversário político na Paraíba, o governador Cássio Cunha Lima (PSDB), nomeou os diretores do Instituto Nacional do Semi-Árido ? uma antiga reivindicação do senador. ?A mágoa persiste. Vamos ficar na observação para ver se continuaremos sendo tratados como adversários?, disse.
O ministro Aldo Rebelo ressaltou que o PMDB é essencial para a base do governo no Senado. ?O PMDB é o principal partido da base no Senado pelo número de senadores e, portanto, tem um papel fundamental na aprovação das matérias. Se negociamos com a oposição, negociamos também com a nossa base, que é o método que adotamos para encontrar a unidade?, disse.
O almoço com o PMDB, na avaliação de Aldo Rebelo, serviu para consolidar a unidade da base aliada. ?Esse é o princípio da aprovação da Medida Provisória (do salário mínimo)?, disse.
Mas o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, admitiu que alguns senadores do partido não vão votar com o governo a favor dos R$ 260. ?Temos três ou quatro problemas. Mas o PMDB está pronto para votar?, garantiu.
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