Guido Mussolini, neto do ex-ditador italiano Benito Mussolini, pediu para que o corpo de seu avô fosse exumado com o objetivo de estabelecer as causas de sua morte, disse o advogado Luciano Randazzo nesta segunda-feira (04). "Pedimos para que o corpo fosse exumado, mas ainda veremos o que poderemos encontrar após 60 anos." O pedido foi encaminhado a promotores no norte da Itália no final de agosto. Deverá levar meses para que a Justiça decida se liberará a exumação, disse Randazzo.
Mussolini e sua companheira, Claretta Petacci, foram baleados por guerrilheiros em 28 de abril de 1945 quando tentavam sair de avião da Itália. No dia seguinte, seus corpos foram pendurados pelo pescoço em Milão. Porém, os detalhes da morte do ditador há tempos são tema de debates no país. Segundo relato de Urbano Lazzaro, guerrilheiro da resistência italiana que teria prendido Mussolini, o ditador foi morto por engano em uma tentativa de fuga.
Uma autópsia feita logo após sua morte indicou que ele foi baleado. Mas não foi estabelecido o calibre da arma que o matou, informou o advogado. "Várias reconstituições são contraditórias e a promotoria italiana nunca declarou como exatamente ele foi morto", Randazzo disse.
Porém, segundo informações da agência de notícias ANSA, a prima de Guido, Alessandra Mussolini, afirmou que é contra a exumação do cadáver de seu avô. "Ele já foi atormentado o bastante", disse ela. "Deixemos ele em paz.