A primeira parte do navio chileno Vicuña, que explodiu e afundou na Baía de Paranaguá, no litoral do Paraná, no dia 15 de novembro, foi recortada e retirada no sábado, e levada para um estaleiro no balneário Pontal do Sul, a cerca de 6 quilômetros do local do acidente. O pedaço retirado – onde estavam as acomodações dos tripulantes e o comando do navio – é o que ficava visível sobre a água, com altura de um prédio de três andares. A expectativa é que todo o navio seja retirado do mar em aproximadamente dois meses. A proa que está submersa, já começou a ser cortada.

continua após a publicidade

O navio explodiu quando estava descarregando metanol no terminal da empresa Catallini. Vários litros de óleo diesel e óleo bunker (combustível do navio) vazaram e provocaram morte de animais e contaminação de boa parte da água da baía. Dos 28 tripulantes, três – dois chilenos e um argentino – morreram no momento da explosão. O fiscal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), João Antonio de Oliveira, disse hoje (03) que ainda há óleo no meio das ferragens submersas. Para estancar qualquer novo vazamento, foram colocadas barreiras. "Esperamos que não saia do controle", disse.

A limpeza das áreas de mangue continua sendo feita. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) esperam a retirada de todo o navio e o levantamento sobre os estragos para elaborar o auto de infração. As causas da explosão ainda estão sendo investigadas. As peças retiradas do mar serão recortadas em pedaços menores e transportadas para a siderúrgica Guaíra, em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, onde deverão ser fundidas e recicladas.

continua após a publicidade