Para o ex-ministro Rubens Ricupero, a definição mais adequada para o comportamento de Antônio Palocci é fanatismo. ?Fanático é aquele que redobra os esforços quando tudo o que ele pregou está fracassando. Assistimos a isso no Brasil?, assegurou aos jornalistas.
Os excessos da política monetária que tantos males acarretaram ao País nos últimos meses, finalmente, passaram a integrar o rol de providências que o sanitarista pretende tomar para evitar a hecatombe.
Mesmo o presidente Lula está convicto que seu ministro e o presidente do BC, Henrique Meirelles, exageraram na dose que levou a economia a emitir os primeiros sinais de falência múltipla.
Aí surge, então, o ministro para admitir a necessidade de discutir se o remédio foi dado em excesso, quando a manifestação pertinaz do setor produtivo antecipava os malefícios da política equivocada.
Só um mágico capaz de tirar elefante de cartola poderia escorar-se na veleidade de afirmar que nesse último trimestre haverá a reversão das expectativas negativas, como o faz Palocci, ao passo que dá um peteleco nos que teimam sugerir a baixa mais rápida da taxa de juros.
O fanatismo de Palocci em política econômica poderá levá-lo, se não houver refluxo, a curtir o Natal longe da Esplanada.
