No balanço das ações do 181-Narcodenúncia, apresentado na tarde de hoje, o coordenador do programa, tenente-coronel Jorge Costa Filho, ressaltou que a meta de apreensão de maconha foi superada. De 1.º de janeiro deste ano até 29 de dezembro, as polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal e Polícia Federal tiraram de circulação 101.338 toneladas desta droga. Desde a criação do serviço, em 16 de junho de 2003, foram 177.908 toneladas de maconha. ?O ponto positivo desses dados é a demonstração da credibilidade e do trabalho conjunto das polícias, mas ao mesmo tempo, retrata o alto consumo do entorpecente em nosso Estado?, observou Costa.
Com cerca de 50 mil atendimentos realizados nas seis regionais do Narcodenúncia, que operam 24 horas no Paraná, a partir do próximo ano será estendido o serviço para denúncias de violência contra crianças e adolescentes. ?A Celepar vai finalizar as mudanças no software, cujos bancos de dados serão separados aos de denúncias de narcotráfico?, explicou o coordenador. Ele acredita que a população também participará ativamente deste serviço, em razão da garantia do sigilo da identidade do denunciante, que pode ligar de qualquer aparelho telefônico (fixo, celular ou público). ?Nesses dois anos e sete meses de existência do programa, nunca houve qualquer caso de identificação ou alguém que tenha sofrido retaliações por fazer uma denúncia?, garantiu Costa.
Números
A maconha é a droga de maior circulação no Estado, conforme constatado no 181. Nos números totais do balanço (de 16 de junho de 2003 até a tarde desta quinta-feira, dia 29), foram apreendidas 450.150 pedras de crack; 1,6 tonelada de cocaína; 4.869 comprimidos de ecstasy; 10.155 mililitros de tíner (solvente tóxico); 8 quilos de cola de sapateiro; 35 mil bolinhas de haxixe; 670 quilos de pasta-base e 60 mil frascos de lança-perfume. (ver quadro comparativo).
Também foram registradas, nesse mesmo período, 6.259 prisões de homens e mulheres e 1.134 apreensões de crianças ou adolescentes; 482 apreensões de armas e 774 veículos. Costa lembrou que o serviço atua mais intensamente no período de veraneio, no litoral paranaense em conjunto com a Operação Viva o Verão.