Não tem marca, mas o preço…

O comerciante Mofid Isa, dono da Luciane Modas, há 25 anos no centro da cidade, diz que é perfeitamente possível vestir-se bem sem deixar o salário na loja. E ele ainda dá desconto se o cliente pechinchar. ?Hoje em dia, as mercadorias vendidas nas lojas populares têm qualidade semelhante às dos shoppings e grandes magazines. A única diferença é a marca?, ressalta. O jeans que ele vende por R$ 20, diz ser encontrado a R$ 150 por aí. ?O fabricante é o mesmo. O que muda é a etiqueta.?

Para ele, o ponto positivo do comércio popular é atender ao ?povão?, responsável por 70% do movimento no centro da capital, estima. ?Mas tenho reparado que é crescente o número de pessoas de maior poder aquisitivo que deixa de lado as marcas e vem buscar em lojas como a minha suas roupas?, conta. O terno por exemplo, vendido a R$ 85, atrai homens de todas as classes sociais. ?A gente é que tem de saber comprar e negociar com as fábricas para passar ao cliente que vende um produto bom. Nunca tive reclamações?, enfatiza.

Com os importados, Mofid diz que toma cuidado. ?Têm coisas de fora que são descartáveis, mas procuro evitar esses produtos, senão corro o risco de perder a clientela.? O que ele importa da China corresponde a 30% dos produtos da loja e consiste, principalmente, em casacos, mais caros quando feitos em território nacional e fora dos padrões de ganho do seu público. ?Mas há coisas que não tem como abrir mão da indústria nacional. Nosso jeans, por exemplo, é o melhor do mundo, tem preço bom. E eu dou garantia.? 

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