O técnico do Paraguai, o argentino Gerardo Martino, admite que a seleção de fato não foi brilhante em campo mas ressalta que ela jogou de corpo e alma contra o Japão para ir às quartas de final, ao vencer por 5-3 nos pênaltis, após empate sem gols.
“Jogamos de corpo e alma, mas o futebol mesmo faltou. Houve menos futebol e menos jogo do que em outras vezes. Mas o Paraguai foi o que mais fez. É difícil saber quem mereceu ganhar, mas o Paraguai fez mais”, afirmou o técnico.
“Não jogamos muito bem, mas tentamos fazer a diferença, embora o jogo não tenha sido o que esperávamos. Estivemos bem em algumas partes, e o Japão jogou como sabe fazer, deixando-nos a iniciativa de jogo e apostando no contragolpe”, acredita.
Martino diz que é muito importante para o futebol do Paraguai o país chegar pela primeira vez às quartas de final: “Estar entre os oito melhores é grandioso, mas não diria que é o maior feito de minha carreira. Depois de ter visto o Brasil na segunda-feira (contra o Chile, 3-0), a Argentina é minha favorita, mas nós também estamos aí”, declara.
“Não vou dizer que vamos ganhar e entrar para a história (ao passar para as semifinais), mas acho que podemos fazer uma grande partida contra Espanha ou Portugal. O que me faz dizer isso é que já não temos a responsabilidade de levar o peso do jogo nas costas, como contra Japão, Eslováquia e Nova Zelândia”, admite.
Essa circunstância daria à equipe “mais espaços” e permitiria à seleção guarani tentar mais contragolpes, o que não conseguira até agora.
Sobre os pênaltis, Martino admite que treinaram os lançamentos de 11 metros por causa da possibilidade de um empate diante dos japoneses.
“Nove jogadores tinham feito uma série de cinco chutes no treino, e posso dizer que (Edgar) Barreto (o primeiro a chutar) tinha errado mais do que os outros”, revela.
O Paraguai já tinha ido às oitavas de final três vezes (México-1986, França-1998 e Coreia do Sul/Japão-2002), mas às quartas é a primeira vez.