O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, negou com veemência qualquer possibilidade de virada de mesa no Campeonato Brasileiro, mesmo que alguma equipe de porte grande seja rebaixada para a Série B. Enfático nas respostas, deixou clara sua intenção de não mais abordar o assunto com a imprensa. ?Já disse antes e repito. Não há a menor hipótese de isso acontecer. Não existe esse negócio de virada de mesa.?

  Ele ressaltou que a CBF vai lutar para que o Campeonato Brasileiro, em três anos, seja disputado por 20 clubes na Série A e outros 20 na Série B.   ?Sempre defendi uma Segunda Divisão forte, para ela ser bem rentável?, observou. Ele citou o equilíbrio técnico do atual campeonato para reforçar a idéia de que a competição é atraente. ?Temos nove, dez clubes brigando para não cair e vários outros na disputa por uma vaga na próxima fase.?

  Teixeira não deu muita importância às declarações do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luiz Zveiter, de que poderia até intervir na CBF se houvesse virada de mesa no Campeonato Brasileiro.

  O dirigente confirmou que o técnico da seleção principal será anunciado em janeiro de 2003 e disse que a prioridade da CBF, a partir de agora, é classificar a seleção para o Mundial de 2006. As eliminatórias começam ano que vem. ?Parei com esta história de que o ouro olímpico é mais importante?, comentou. ?Isso criou um clima de pressão à seleção olímpica, uma cobrança além do que deveria ser.?

  Na sede da CBF, Teixeira participou da inauguração de painéis que contam a história dos cinco títulos mundiais do Brasil. Num pequeno espaço, no hall dos elevadores, no quinto andar do prédio, compareceram como estrelas do evento o capitão da Copa de 1958, Bellini; o técnico Zagallo, como representante do grupo de 1962; o ?capitão do tri?, Carlos Alberto Torres; o lateral Branco e o técnico Carlos Alberto Parreira, campeões em 1994; e Luiz Felipe Scolari, treinador do grupo pentacampeão.

  A ausência de Romário, convidado para a festa, foi sentida, embora com discrição. Ele alegara na véspera que tinha coisa mais importante para fazer: dormir.

 

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