O novo presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, disse há pouco, em entrevista coletiva, que não há nenhuma perspectiva de ocorrerem apagões motivados pelas causas que levaram à crise energética e ao racionamento de energia há cerca de três anos. "Não há nenhuma razão para achar que esta experiência vivida em 2001 esteja na iminência de ocorrer nos próximos anos", disse.

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Kelman lembrou que os dois apagões que atingiram os estados do RJ e do Espírito Santo no início de janeiro são de outra natureza, provocados por falhas de equipamentos. Segundo ele, a função da Aneel é apurar se houve ou não falta de manutenção."Quando se fala em apagão se assusta a população porque ela acha que vai acontecer novamente o que ocorreu em 2001", disse.

A expressão, segundo ele, é usada para situações muito diferentes. "Uma coisa é não ter água nos reservatórios. É como um carro que não anda por falta de combustível", disse Kelman. Segundo ele, os reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas podem se esvaziar por duas razões: ou por um evento hidrológico adverso, como falta de chuva, ou porque a demanda de energia é maior que a produção. "Em 2001, houve a combinação desses dois fatores", afirmou.

Kelman explicou que o desligamento de energia acontece também por falha de equipamento, considerado evento de natureza técnica. "É como um carro que fura o pneu", comparou. Ele disse que a Aneel tem diversos mecanismos, entre eles econômicos, para cobrar das empresas a manutenção de seus equipamentos e de sua rede. "A concessionária que for pouco cuidadosa sente no bolso", disse.

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