Não há porque se acovardar

O quadro eleitoral para outubro começa a se definir agora. O fato de alguns partidos estarem dando prioridade a coligações, antes de esgotar esforços em defesa de candidatura própria, faz-me lembrar que no passado não era assim. Pelo menos os partidos mais estruturados, que dispunham de lideranças destacadas e tinham tradição junto ao eleitorado, sempre lançavam seus próprios candidatos. Apenas os partidos menores seguiam pelo caminho da coligação, uma vez que não dispunham de adequada estrutura partidária, não contavam com lideranças de destaque e não tinham tradição junto ao eleitorado, assumindo antecipadamente a sua incapacidade de disputar e de vencer a eleição.

Hoje, vemos em Curitiba os dirigentes do PMDB, partido com uma das mais sólidas estruturas, que abriga lideranças de grande destaque no cenário regional e nacional e com uma das mais longas histórias de luta em favor de avanços democráticos para o Brasil, cogitar de abrir mão de lançar o seu próprio candidato a Prefeito de Curitiba. Insisto: como se não fosse dotado de uma sólida estrutura partidária, como se não tivesse uma tradição de lutas e de conquistas democráticas a ser respeitada e, mais estranho ainda, como se não contasse em seus quadros com lideranças capazes de disputar e vencer uma eleição para prefeito de Curitiba.

Há que se lembrar, também, que o eleitorado curitibano tem o direito de ver uma candidatura do PMDB discutindo e debatendo os destinos de uma cidade como a nossa. O PMDB já administrou Curitiba por duas vezes, portanto, conhece nossa cidade, conhece seus problemas e suas potencialidades, conhece o seu povo e as suas demandas. Seus líderes e seus militantes conhecem cada bairro e cada vila de Curitiba, conhecem a cidade como a palma de suas mãos e, portanto, são capazes de levar adiante uma campanha vitoriosa e uma gestão municipal verdadeiramente voltada para a maioria da sua população.

Todos os indícios são de que a eleição de outubro em Curitiba só será definida no segundo turno. O primeiro turno permitirá aos eleitores ter uma ampla visão de como os partidos e os seus candidatos se posicionam com relação à condução da metrópole rumo ao seu futuro. Com base nesta ampla visão, os eleitores elegerão, já no primeiro turno, os novos vereadores e indicarão, democraticamente, quais os dois melhores candidatos para assumir a Prefeitura de Curitiba. Estas duas melhores candidaturas se confrontarão no segundo turno, debatendo com a população, e entre si, suas visões da cidade e suas propostas de gestão municipal, de modo que possamos decidir em quem votar e, assim, eleger o melhor candidato como prefeito de Curitiba.

Gustavo Fruet é o nome do PMDB que reúne as melhores qualidades para disputar a eleição de prefeito de Curitiba. Amadureceu como cidadão, acompanhando as lutas de seu pai, o Maurício, e de seu partido, o PMDB. Líder estudantil, líder partidário, líder político. Competente e respeitado em todas as esferas de sua atuação. Desde muito cedo, lá pelos anos 80, acompanhando o prefeito Maurício Fruet em suas audiências públicas pelos bairros de Curitiba, aprendeu as mais marcantes lições de democracia e de urbanidade que um cidadão pode aprender a partir da vivência da realidade de uma cidade e de seu povo.

Como eleitor curitibano e como filiado ao PMDB, acho inaceitável que não vejamos no primeiro turno um candidato a prefeito do PMDB, valorizando o seu quadro de candidatos a vereador, valorizando a sua militância partidária e, acima de tudo, honrando a sua história de lutas e conquistas. O PMDB tem o que dizer ao eleitorado curitibano, tem propostas claras a apresentar e tem candidato forte, experiente e capaz de administrar Curitiba com competência administrativa, seriedade na gestão dos interesses públicos e consciência das demandas mais relevantes da nossa gente.

O PMDB sempre teve a coragem de desempenhar o seu papel transformador, com tradição de luta, de fazer o que deve ser feito e sem jamais passar procuração. Não há porque se acovardar.

Tenho certeza que todos nós, eleitores de Curitiba, queremos eleger o melhor prefeito para nossa cidade. Para que isto aconteça, é necessário que tenhamos os melhores candidatos nas próximas eleições. E para que isto também aconteça, é necessário que os partidos apresentem os seus melhores nomes. O PMDB tem este nome, e terá cumprido com a sua função social, com a sua responsabilidade e com o seu dever, ao apresentar o seu candidato próprio a prefeito de Curitiba.

* Omar Sabbag Filho é engenheiro civil, professor da UFPR e foi secretário de Obras da Prefeitura de Curitiba de 1983 a 1989.

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