O diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Milton Zuanazzi, rejeitou nesta quarta (11), em depoimento na Comissão de Fiscalização e Controle, na Câmara, a avaliação de que o sistema brasileiro de controle do tráfego aéreo esteja vivendo uma crise. "Não há crise no setor aéreo, estamos longe disso. A verdadeira crise foi a que superamos a partir de 2004", afirmou Zuanazzi.

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Zuanazzi deu como exemplo de "crise forte" o período de 1999 a 2003, quando houve a desvalorização do real, as empresas aéreas testavam com dívidas em dólar, a aviação mundial enfrentava as conseqüências do atentado de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, e duas grandes operadoras brasileiras – TAM e Varig – estavam no vermelho. "Tanto elas estavam no vermelho que nós autorizamos que elas operassem pelo sistema de ‘cod share’ (de vôos compartilhados)", afirmou.

Em explanação de 15 minutos na comissão, Zuanazzi insistiu na afirmação de que o setor aéreo vive neste momento "sua melhor performance, do ponto de vista de oferta de assentos e de demanda." Em relação à demanda, anotou: "Ela é maior do que a da China." Zuanazzi sustentou ainda que a prova de que o setor aéreo vive um bom momento é que as empresas têm, juntas, investimentos da ordem de R$ 3,4 bilhões. "Elas estão todas apostando no crescimento", insistiu. O diretor da Anac comentou ainda que algumas companhias aéreas, como a TAM, têm investido na renovação da frota, o que seria mais uma prova de que não há crise.

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