O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, reconheceu que não há condições de mudanças no nível atual da taxa de câmbio. "A nossa perspectiva é de que não há condições de ter mudanças no patamar da taxa de câmbio. O setor exportador foi-se adaptando", afirmou o ministro em rápida entrevista, após tomar o café da manhã com o presidente da Alemanha, Horst Köhler.
Segundo Furlan, as exportações brasileiras continuam com vigor, mesmo com a taxa de câmbio no patamar em torno de R$ 2,10 ou R$ 2,20. Ele comentou que as exportações, nos dois primeiros meses do ano, apresentam um desempenho acima da projeção do governo, que estima um total de exportações de US$ 152 bilhões para 2007.
O ministro disse que tanto a quantidade quanto o preço dos produtos vendidos pelo Brasil no exterior estão subindo. Além disso, destacou, há mudanças no mix de quantidade e preço. Ele citou o caso do setor automotivo, que diminuiu a quantidade de veículos vendidos ao mercado externo, mas o valor aumentou. "Porque estamos vendendo veículos com mais tecnologia e sofisticação.
Furlan observou que também as importações estão crescendo – em torno de 25% – e que há espaço na economia para que o ritmo de expansão das compras externas continue. Por enquanto, disse o ministro, não representam riscos para a balança comercial as turbulências na economia da China, que afetaram os mercados mundiais nos últimos dias. "Não estamos sentindo nenhuma mudança no curto prazo", afirmou.