O ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, afirmou hoje (21) que não existe crise no setor aéreo nacional, mas sim problemas na gestão das empresas.
Após participar de um fórum sobreturismo,o ministrocriticou a oposição, que insiste em instalaruma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as causasdo chamado "apagão aéreo".
Apagão quer dizer tudo e nada ao mesmo tempo. Nós não temos apagão aéreo,temos problemas focados nos controladores de vôo, cujas informações estão todas no Congresso Nacional, disse, acrescentando queos parlamentares obtiveram todasas informações que solicitaram.
Segundo ele,o governo está investigando "a fundo" a falha ocorridano Cindacta 1 no último domingo (19), que provocou, esta semana,novos atrasos nosaeroportos brasileiros.
O fechamento sistemático do aeroporto de Congonhas – na avaliação do ministro, "o desaguador dos vôos" do país – é outra razão para as freqüentes mudanças em pousos e decolagens, uma vez que, quando o aeroporto fecha, causa um "efeito dominó" em todo o Brasil.
Aliado a esses fatores, acrescentou o ministro, estáo aumento no número de passageiros, quetambém implica em dificuldades para o setor,em "franca expansão".
De acordo com Walfrido,os entraves no setorcomeçaram em março de 2006,quando a Varig cancelou vôos, gerando "uma enorme confusão" nosseis meses seguintes.
O problema se agravou com o afastamento doscontroladores de vôo que estavam trabalhando no dia doacidentecom o avião da Gol Linhas Aéreas,bem como de outros controladores que pediram licença médica. Além disso, disse o ministro, houveproblemas com seis aeronaves da Tam e com as chuvas deste verão.
Walfrido afirmou que o governo "está ajustado" para resolver e minimizar o problema no setor aéreo. Segundo ele,os valores necessários para solucionara questãonão são altose estão de acordo como orçamento do governo.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também presente ao fórum garantiu que todos os recursos necessários para a solução dos problemas aéreos estão disponíveis.